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Drenagem: Novos Desafios para a Engenharia com o aumento das Chuvas

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Atualmente, apenas 30,2% dos municípios brasileiros têm mapeamento de áreas de risco de inundação, e 10,8% possuem soluções de drenagem natural, como faixas e valas de infiltração em vias públicas. Eventos climáticos extremos, como os ocorridos no Rio Grande do Sul em maio, destacam a urgência de melhorias no saneamento e na engenharia da cidades. Projetos de drenagem precisam ser integrados em planos mais amplos para mitigar os danos das enchentes.
Entretanto, essa integração ainda é rara. Dados recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), agora Sinisa, coletados em 2023 e referentes a 2022, mostram que a falta de programas, investimentos e planejamento pode resultar em alagamentos similares aos do Rio Grande do Sul em muitos municípios brasileiros.

Carências Principais no Saneamento Urbano
Os dados sobre Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas (DMA-PU) revelam várias deficiências significativas:

Estatísticas Importantes
- Apenas 16,8% dos municípios têm um Plano Diretor de DMA-PU;
- 42,5% possuem cadastro técnico do Sistema de DMA-PU;
- Somente 4,1% têm algum tipo de tratamento de águas pluviais;
- 10,8% têm soluções de drenagem natural;
- Apenas 30,2% possuem mapeamento de áreas de risco de inundação.

Necessidade de Análise Detalhada
Segundo Marco Botter, CEO da Telar Engenharia, as obras de reconstrução no Rio Grande do Sul exigem uma avaliação de longo prazo. “A reconstrução da infraestrutura no Rio Grande do Sul é urgente, mas deve ser baseada em uma análise profunda da nova realidade climática, com alto risco de eventos extremos,” afirma.
“O ocorrido no Rio Grande do Sul mostra que é necessário repensar os projetos de obras hidráulicas. Precisamos revisar os parâmetros de chuva e seus períodos de retorno, exigindo colaboração entre hidrólogos e climatologistas,” destaca Marco Botter.

Revisão dos Parâmetros de Engenharia
O aumento da frequência de eventos climáticos extremos exige uma revisão dos parâmetros tradicionais dos projetos de drenagem e controle de enchentes. Com o aumento significativo dos volumes de chuva, é essencial redimensionar as obras de engenharia, segundo Botter.
A situação no Rio Grande do Sul, combinada com o desenvolvimento dos projetos e processos de concessão após o Marco do Saneamento, deve acelerar os negócios no setor. A Telar Engenharia, por exemplo, inclui em seu portfólio obras como as canalizações dos córregos Pirajuçara, Antonico, Aricanduva, Jaguaré, Saracura (sob Avenida Nove de Julho) e Tiquatira, em São Paulo.

Fonte: Site Blog da Engenharia




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